Há no quadro campestre que vos narro
um tigrado rafeiro e uns ovinos,
um cajado, uns alforges mais um tarro,
um coxo de cortiça p'rós caninos,
um poço, um chafariz e um chaparro,
onde alados cantores dispersam hinos...
Pode não ser o quadro mais bizarro...
vertente promotora de destinos...
É o meu ambiente onde se inscreve,
no calor da planura alentejana,
como na cor da tela dum pintor...
a natureza pura a que se deve
a aura ruralista donde emana
minha alma de poeta e de pastor.
Matos Serra
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