NÃO QUEIRAMOS SER POVO ESCRAVO E ESTULTO
SONETO DA INDIGNAÇÃO II
Num mar que invada as ruas da cidade
de gente, e que provoque um tal tumulto
que devaste a afronta e o insulto
e nos traga de volta a dignidade!
Não haverá desculpa nem indulto...
se deixarmos perder a liberdade
para voltarmos a ser a sociedade
de um povo... que nos querem, escravo e estulto.
Que, em nome da Pátria e da razão,
se alevantem as vozes num tal grito!...
a despertar a alma da nação...
porque a hora é de luta e é de ação!....
O que pode ser crime ou ser delito
é calarmos a nossa indignação!
SÓ NÃO SE INDIGNA PERANTE A PÁTRIA
MALTRATADA... QUEM EM VEZ DE SANGUE
PORTUGUÊS TIVER NAS VEIAS ÁGUA CHOCA.
Matos Serra
quinta-feira, 25 de julho de 2013
quarta-feira, 10 de julho de 2013
O PÁRA ( QUE NUNCA POR VENCIDO SE CONHEÇA)
SONETO
Desafiando, audaz, as leis da morte...
o pára... é valente e nunca pára,
pertence, em seu país, à gente rara
que lhe serve de escora e de suporte.
Cultiva o ideal de ser forte...
e, por isso, se treina e se prepara...
servindo a Pátria Amada que lhe é cara
treinando-se na arte de Mavorte!
O pára, ao descer do céu à terra,
mantem-se sempre calmo e consciente...
tanto em tempo de paz como na guerra!
Em qualquer imprevisto que apareça
faz sempre jus ao lema transcendente:
"QUE NUNCA POR VENCIDO SE CONHEÇA"
Matos Serra, Tenente-Coronel, antigo instrutor para-quedista
e veterano de guerra.
Soneto dedicado a todos os seus camaradas de armas.
sábado, 6 de julho de 2013
MARVÃO II
CONCURSO DE POESIA TRADICIONAL, DÉCIMAS - 08/09/2001, Último Ano dos Jogos.
TEMA: MARVÃO
TÍTULO: ALEGORIA DO MARINHEIRO
MOTE DE JOSÉ FANHA
CLASSIFICAÇÃO: 1-º PRÉMIO (Entre algumas centenas de trabalhos)
MOTE
Marinheiro coração,
toda a vida a navegar...
Se um dia vens a Marvão
nunca mais voltas ao mar.
1
Se quiseres vir instalar-te
na poesia e no sonho,
navegar num mar risonho,
habitar um baluarte...
ou... decidires tomar parte
num perfeito galeão
para teres a gratidão
de um oceano de amor...
vem banhar-te em luz e cor
marinheiro coração.
2
Vem abrir a alma ao vento
e viver junto às estrelas,
onde, à noite, podes vê-las
navegar no Firmamento
para lograres o doce intento
desta Barca do Luar...
ou, se queres vir habitar
mesmo pertinho do céu...
vem... que, aqui, o mundo é teu
toda a vida a navegar.
3
Aqui é porto de abrigo
e repouso do guerreiro,
descanso do marinheiro,
trincheira de qualquer perigo...
o céu e a terra contigo
em perfeita comunhão.
Vem viver num bastião
neste imenso Mar do Sul...
Ficarás ébrio de azul
se um dia vens a Marvão
4
Vem ver as águias vogando
no Mar da Tranquilidade,
em perfeita majestade
no seu voo suave e brando.
Se quiseres viver sonhando
sobe a este patamar...
mas... bem te quero alertar
que... se cá vieres um dia,
te envolves nesta magia...
nunca mais voltas ao mar.
Matos Serra in, Alentejo, Suas Belezas, Suas Terras e Suas Gentes.
TEMA: MARVÃO
TÍTULO: ALEGORIA DO MARINHEIRO
MOTE DE JOSÉ FANHA
CLASSIFICAÇÃO: 1-º PRÉMIO (Entre algumas centenas de trabalhos)
MOTE
Marinheiro coração,
toda a vida a navegar...
Se um dia vens a Marvão
nunca mais voltas ao mar.
1
Se quiseres vir instalar-te
na poesia e no sonho,
navegar num mar risonho,
habitar um baluarte...
ou... decidires tomar parte
num perfeito galeão
para teres a gratidão
de um oceano de amor...
vem banhar-te em luz e cor
marinheiro coração.
2
Vem abrir a alma ao vento
e viver junto às estrelas,
onde, à noite, podes vê-las
navegar no Firmamento
para lograres o doce intento
desta Barca do Luar...
ou, se queres vir habitar
mesmo pertinho do céu...
vem... que, aqui, o mundo é teu
toda a vida a navegar.
3
Aqui é porto de abrigo
e repouso do guerreiro,
descanso do marinheiro,
trincheira de qualquer perigo...
o céu e a terra contigo
em perfeita comunhão.
Vem viver num bastião
neste imenso Mar do Sul...
Ficarás ébrio de azul
se um dia vens a Marvão
4
Vem ver as águias vogando
no Mar da Tranquilidade,
em perfeita majestade
no seu voo suave e brando.
Se quiseres viver sonhando
sobe a este patamar...
mas... bem te quero alertar
que... se cá vieres um dia,
te envolves nesta magia...
nunca mais voltas ao mar.
Matos Serra in, Alentejo, Suas Belezas, Suas Terras e Suas Gentes.
terça-feira, 2 de julho de 2013
PERMANÊNCIA
Ambos antecipados
pelo tempo
alastramos na planície
a expectativa ácida
dos limos e da espera
naufrágios ilunares
de veias permanentes
Multiplica sangue
nas mãos
e nos rochedos
sentinelas de vento
no cume dos meus
dedos
RECORDANDO
Maria Teresa Horta in, Poesia Completa 1 - 1960-1966
pelo tempo
alastramos na planície
a expectativa ácida
dos limos e da espera
naufrágios ilunares
de veias permanentes
Multiplica sangue
nas mãos
e nos rochedos
sentinelas de vento
no cume dos meus
dedos
RECORDANDO
Maria Teresa Horta in, Poesia Completa 1 - 1960-1966
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