terça-feira, 22 de novembro de 2011

A CRISE ORÇAMENTAL

Se todo o produto nacional
não fosse só de meio dúzia de senhores
e fosse com mais critério repartido...
E o trabalho também fosse, por igual,
com justiça, com razão e com moral,
igualmente por todos assumido,
com critérios justos, verdadeiros...
Nem precisaríamos mais dos financeiros
PARA RESOLVER A CRISE ORÇAMENTAL.

Se, aos grandes senhores de alto estatuto,
de altas mordomias e brasões,
que rapam do taxo os últimos tostões
e nos degradam o produto interno bruto
em chorudas alcavalas de milhões
fosse bem aplicado um forte chuto...
Isto é, se se lhes desse de forma consciente
um pontapé puxado e bem assente
na parte mais larga dos calções,
ou seja, a boa biqueirada no traseiro,
para que não enganassem mais a gente
sustentando os trafulhas no poleiro...
Isso seria um bem para o erário de Portugal...
E, também, para resolver a CRISE ORÇAMENTAL.

Se, como fez, um grande português,
que além de ministro era marquês,
com alguns coevos safardanas,
a fingir de santinhos ou socráticos santanas...
Ou como fez o Bom Jesús de Nazaré
defendendo os seus princípios e razões
ao expulsar do Templo os vendilhões...
Ó, se houvesse entre nós um Cristo igual...
Com seus altos critérios sãos e justos,
resolvia sem polémicas e sem custos
O PROBLEMA DA CRISE ORÇAMENTAL.


Matos Serra

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