Quando se esvai a tarde rotineira,
os silêncios nos tocam de mansinho,
cada bulir de folha é um caminho
para ser duma ideia a mensageira.
Como terno sabor dum fresco vinho,
quando a brisa nos põe a mão fagueira
é como uma ancestral tecedeira
que tece os seus lavores em fofo arminho.
Nos dias de calor, quando o sol arde,
há timbales na alma, quando a tarde
já acalma o calor do sol ardente...
E, quando se aproxima o fim do dia,
traz algo de mistério ou fantasia
com a rubra magia do poente.
Matos Serra
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